PRÁTICAS EXPERIMENTAIS
O casal Márcia e Antônio começaram um novo projeto de vida
e, sem histórico na agricultura, decidiram deixar o trabalho e iniciar o
cultivo de morango. Mudaram-se para Atibaia, interior de São Paulo, e
escolheram uma propriedade em área plana, com fonte de água disponível e com
solo do tipo areno-argiloso. Fizeram um planejamento inicial com o objetivo de
colher 1Kg de fruto por planta ao ano, porém não foi o resultado que tiveram.
Iniciaram o plantio no verão, com os recursos que tinham ali
disponíveis: solo, água e luz solar. Ao longo do crescimento das plantas,
próximo ao tempo que haviam calculado para a floração, perceberam que elas não
estavam se desenvolvendo como o esperado, não havia frutos e algumas folhas
apresentavam manchas e pontinhos brancos. Pesquisaram e descobriram que a
plantação estava infestada de ácaros rajados (Tetranychus urticae), uma praga
que causa o apodrecimento das folhas. Essa praga pertence ao mesmo filo dos
insetos - Arthropoda, porém a classe à qual pertence é a dos aracnídeos.
Logo começaram o tratamento das folhosas com cloridrato de
formetanato, um tipo de defensivo agrícola. Entretanto, o casal observou que ao
longo dos meses, as pragas desenvolveram certa resistência a este tipo de
produto químico, em razão do curto ciclo de vida e alta capacidade de
reprodução.
Devido ao mal desenvolvimento das plantas e o aparecimento
de pragas, o casal estimou que houve perda de quatro meses da produção,
aproximadamente. Após o correto manejo da lavoura, o casal quis testar o
plantio de morangos no sistema semi-hidropônico, o qual é caracterizado,
principalmente, pela utilização de uma estrutura de ambiente protegido (estufa
alta).
Ao pesquisar sobre o assunto, perceberam que a estufa de
plantas necessitava ter paredes de vidro e o chão precisava ser pintado com uma
cor escura, porém não encontraram maiores explicações sobre essas exigências
para este tipo de cultivo.
Detectaram também que o solo não estava na faixa adequada de
pH para o plantio dos morangos. Os morangueiros se beneficiam mais em solos
levemente ácidos, na faixa de pH entre 5,5 e 6,0, e ricos em matérias
orgânicas. O pH do solo estava em torno de 6,5 – 7,0. A drenagem da água também
é um fator importante, pois os morangos não suportam um mínimo de
encharcamento.
Práticas experimentais –
Ciências da Natureza Ensino Médio – Volume 2 – 2021 (página 17)
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